discos do ano




Em jeito de despedida de 2009, aqui vai a lista dos 25 discos, editados este ano, que eu mais gostei e que mais ouvi (por ordem alfabética):

Animal Collective "Merriweather Post Pavilion"
Benjamin Biolay "La Superbe"
Blockhead "The Music Scene"
Cacique 97 "Cacique 97"
Dave Douglas "Spirit Moves"
Dirty Projectors "Bitte Orca"
Fire! "You Liked Me Five Minutes Ago"
Fly "Sky & Country"
Fool's Gold "Fool's Gold"
Grizzly Bear "Veckatimest"
Jimi Tenor & Tony Allen "Inspiration Information Vol. 4"
Joshua Redman "Compass"
King Midas Sound "Waiting For You"
Lee Fields & The Expressions "My World"
Mayer Hawthorne "A Strange Arrangement"
Mos Def "The Ecstatic"
Norberto Lobo "Pata Lenta"
Phoenix "Wolfgang Amadeus Phoenix"
PJ Harvey & John Parish "A Woman A Man Walked By"
Royal Bangs "Let It Beep"
Sa-Ra Creative Paterns "Nuclear Evolution: The Age Of Love"
Sonic Youth "The Eternal"
Tiago Sousa "Insónia"
Who Trio "Less Is More"
XX "XX"

Votos de um feliz 2010 com muita e boa música!

feliz natal



eu.



skate beat



lei de murphy



O Benfica perdeu.
O António Sérgio faleceu.
Os Philharmonic Weed acabaram.

"the final curtain call"


Michael Jackson "This Is It"


Depois de ver o filme/documentário "This Is It", sobre os ensaios daqueles que iriam ser os últimos 50 concertos de Michael Jackson, fiquei surpreendido. Por Michael Jackson, o Rei da Pop, ainda manter em alto nível a sua voz e a elasticidade naqueles passos de dança únicos. Mas também por aquele corpo frágil abrigar um enorme coração onde couberam todos os intervenientes desta "great adventure" (músicos, bailarinos e técnicos). Isto tudo num homem com 50 anos que ainda acreditava que podia salvar o mundo e que para passar esta mesma mensagem preocupou-se até ao mais pequeno detalhe para que os espectáculos fossem tal e qual ele os tinha pensado. Nota por nota. Passo por passo. "Love Lives Forever"

"In New York, concrete jungle where dreams are made of..."



Jay-Z & Alicia Keys "Empire State Of Mind"

Sinto um certo fascínio por New York. Não sei se é dos livros do Paul Auster, dos filmes antigos do Woody Allen, do som dos Sonic Youth ou das letras dos Beastie Boys. Ou, muito provavelmente, disto tudo junto. Quero um dia sentir o espírito da Grande Maçã e perder-me pelo Central Park. Se tenho algum sonho grande e concreto na minha vida, este é um.

obrigado pai



algo "Intermezzo (Lento Non Troppo)"

filosofia underground



"Entrei numa livraria.
Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida.
Não chegam, não duro nem para metade da livraria.
Deve certamente haver outras maneiras de salvar uma pessoa, senão estou perdido."*
Almada Negreiros "A Invenção Do Dia Claro"

*(escrito na parede do novo átrio norte da estação de metro Saldanha)

"Juliet, Naked"


O novo livro de Nick Hornby.
Um excerto, aqui.

street view (file under: hiphop - novos talentos)


Amanda Diva nasceu na Califórnia em 1981. Reside em Orlando, Florida. O seu último trabalho chama-se "Spandex, Rhymes & Soul" (download gratuito aqui)



Fashawn nasceu na Califórnia em 1999. O seu primeiro trabalho chama-se "Boy Meets World" e foi inteiramente produzido por Exile (em streaming aqui)



Finale representa a cena de Detroit, Michigan. O muito elogiado álbum de estreia chama-se "A Pipe Dream And A Promise" (em streaming aqui)



Jake One é um produtor de Seattle, Washington. Já com algum reconhecimento no meio underground lançou o seu álbum "White Van Music" (comprovar aqui)



J. Cole nasceu em Frankfurt (Alemanha) e com um ano de idade mudou-se para Fayetteville, North Carolina. Lançou duas mixtapes e grava neste momento o seu álbum de estreia (ouvir "The Warm Up mixtape" aqui)



KiD CuDi nasceu em Cleveland, Ohio e mudou-se recentemente para Brooklyn, New York. O seu primeiro registo é "Man On The Moon: The End Of Day" (em streaming aqui)



Skyzoo nasceu em 1982 no bairro de Brooklyn, New York. Depois de várias mixtapes, lançou agora o álbum "The Salvation" (em escuta aqui)

a leica do meu pai



Lembro-me, desde sempre, duma Leica M6 como esta lá em casa. Pertencia ao meu pai e foi sempre, de longe, a máquina fotográfica que eu mais gostava. Achava-a mais bonita que as outras. Tinha um peso que impunha respeito, para o tamanho dela. Eu agarrava-a com as duas mãos e percebia logo que aquilo não era nenhum brinquedo, mas um utensílio profissional, algo muito sério. Daquelas coisas que só os adultos podem mexer. Era também mais pequena que as outras. Se bem me lembro. Havia uma outra lá em casa que era assustadora. O reverso desta Leica. Chamava-se Mamiya 6 e era um monstro, ao lado de todas as outras. Pesava toneladas e tinha um aspecto de bruta-montes. Eu não gostava muito desta. Sempre preferi aquela Leica.
Lembrei-me hoje da Leica do meu pai, por causa disto.

yes i can



Proximamente, mais detalhes.
Para quem quiser participar também, pode começar por aqui.

crónicas da terra ardente



Fausto Bordalo Dias "Todo Este Céu"

Pena, a nossa família *




Uma tarde solarenga de sábado incentiva a uma sesta no jardim. Com o do Torel fechado, nada como aproveitar e dar um passeio pelo bairro. Sem destino. Tal e qual como um turista. Com os raios de sol a penetrar nas ruas apertadas e a fazer brilhar as varandas e as fachadas dos pequenos prédios.
E é no coração deste bairro popular lisboeta que se situa um pátio humilde que é o berço de um dos símbolos de Portugal no Mundo. Nesta zona que é um símbolo do Mundo em Portugal.
Foi aqui que nasceu Amália. A Diva do Fado que levou esta música a todos os recantos do Mundo. E que agora vê o seu pequeno berço ser rodeado do calor das pessoas para quem ela durante décadas cantou. Terá sido um chamamento..?

*nome do movimento independente que se candidata a esta freguesia nas próximas autárquicas

weapons of mass distraction



Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios

A partir da próxima segunda-feira, numa televisão perto de si.

à la Musique

Place de la Gare, à Charleville.


"Sur la place taillée en mesquines pelouses,
Square où tout est correct, les arbres et les fleurs,
Tous les bourgeois poussifs qu'étranglent les chaleurs
Portent, les jeudis soirs, leurs bêtises jalouses.

− L'orchestre militaire, au milieu du jardin,
Balance ses schakos dans la Valse des fifres :
− Autour, aux premiers rangs, parade le gandin ;
Le notaire pend à ses breloques à chiffres.

Des rentiers à lorgnons soulignent tous les couacs :
Les gros bureaux bouffis traînent leurs grosses dames
Auprès desquelles vont, officieux cornacs,
Celles dont les volants ont des airs de réclames ;

Sur les bancs verts, des clubs d'épiciers retraités
Qui tisonnent le sable avec leur canne à pomme,
Fort sérieusement discutent les traités,
Puis prisent en argent, et reprennent : "En somme !..."

Épatant sur son banc les rondeurs de ses reins,
Un bourgeois à boutons clairs, bedaine flamande,
Savoure son onnaing d'où le tabac par brins
Déborde − vous savez, c'est de la contrebande ; −

Le long des gazons verts ricanent les voyous ;
Et, rendus amoureux par le chant des trombones,
Très naïfs, et fumant des roses, les pioupious
Caressent les bébés pour enjôler les bonnes...

− Moi, je suis, débraillé comme un étudiant,
Sous les marronniers verts les alertes fillettes :
Elles le savent bien ; et tournent en riant,
Vers moi, leurs yeux tout pleins de choses indiscrètes.

Je ne dis pas un mot : je regarde toujours
La chair de leurs cous blancs brodés de mèches folles :
Je suis, sous le corsage et les frêles atours,
Le dos divin après la courbe des épaules.

J'ai bientôt déniché la bottine, le bas...
− Je reconstruis les corps, brûlé de belles fièvres.
Elles me trouvent drôle et se parlent tout bas...
− Et je sens les baisers qui me viennent aux lèvres..."

Arthur Rimbaud

o poema universal



Escrito por todos, nesse gigantesco bloco de notas que é o Twitter.
Aqui.

Caxias




Na praia: areia escaldada; água "caldo verde"; vento pouco; vizinhança calma.
Na Baía dos Golfinhos: o prazer de comer uma das melhores pizzas da minha vida (e sim, já passei sete dias em Roma a refinar o meu nível de avaliação de Pizzas), uma extraordinária Pizza Vegetariana repleta de Espinafres (e tomate, queijo, cogumelos, oregãos).
De volta a casa, noto que o "baterista" do Metro tem uma baqueta e uma vara nova. Talvez, por isso, tenha composto também um novo single para este Verão. Com a qualidade a que já nos acostumou, claro!

todos




Há muitos séculos atrás partiram barcos de Lisboa com o objectivo de descobrir o Mundo. De desenhar novos mapas, navegar por "mares nunca dantes navegados". Era a época dos Descobrimentos. Agora, que já está tudo mais ou menos descoberto, chegámos à época da Globalização. Bem presente em todos os aspectos fundamentais duma sociedade moderna e em constante renovação.
Não é por isso de espantar que, séculos depois de termos ido de encontro aos mais variados povos e cantos do mundo, eles venham agora até nós. Enriquecer-nos com a sua experiência. Apresentar-nos a sua cultura e o seu modo de viver. Ensinar-nos que, afinal de contas, estamos inseridos não só numa comunidade Europeia mas também numa comunidade global. É chegada a hora de abrirmos os braços a quem nos quer também conhecer. Como nós o quisemos há séculos atrás. E Lisboa em 2009 não é só a capital de Portugal mas também uma das capitais do mundo moderno. Global. Pleno de Liberdade. Lisboa é uma encruzilhada de Mundos. E ainda bem!
Temos, por isso, um festival multi-cultural entre os dias 10 e 13 deste mês, com epicentro óbvio no Martim Moniz, em que vamos poder ouvir, ver, ler, apreender, saborear, cheirar tudo aquilo que estas diferentes culturas têm para nós. Espero que este encontro sirva de ponte entre todas as etnias, raças e credos que connosco habitam esta bela cidade. Que seja também o princípio duma bela amizade e uma grande festa de boas vindas! Toda a programação aqui. Eu vou!

linhas




"mudar de vida pode-se sempre, de morte é que não."
Vergílio Ferreira "Em Nome Da Terra"

Jazz em Agosto!



Dave Douglas & Brass Ecstasy aqui num programa da NPR (National Public Radio) e na próxima quinta-feira no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian.

Olá Lisboa!



Lisboa vista da minha nova casa.
Esta luz de fim de tarde sabe-me bem.
Inspira-me.
Expira-me.
Na vizinhança ouve-se jazz (ao vivo numa casa com a janela sempre aberta). Ouve-se também fado, não fosse este um bairro típico do centro de Lisboa. E ouve-se ópera saída duma casa num prédio remodelado. Da janela da cozinha vejo gatos, muitos. E uma família indiana com duas crianças que fazem sempre questão de me acenar. Da janela da sala vejo a torre duma igreja e árvores, muitas, cheias de pássaros. Aqui, entre a Pena e os Anjos, sinto-me em casa.
E sinto-me bem.

Adeus Emily *



Manda um beijo ao Mingus e à Leeloo.

Leiria, 2009


Feira de Maio, Leiria

Palavra (En)Cantada



Palavra (En)Cantada de Helena Solberg

Caríssimo Senhor Paulo Branco,
Se fizer o favor de comprar este filme brasileiro para as salas Medeia, ganha automáticamente a minha renovação vitalícia do Medeia Card. Prometo.
Obrigado.

não importa se chove


Sydney, New York




Filmado por um telemóvel em Sydney e Nova Iorque.
Mas que poderia ter sido também em Lisboa.
Obrigado .

dia dois


na
mais
alta
montanha
da
saudade
te
espero
com
toda
a
paciência

um




Me, Myself and I.
E aqui também.

tragicómico




O meu bilhete dizia: Sofia Dinger revela o verdadeiro motivo da sua ida para o Brasil. "Não me dava jeito nenhum ir uma vez por semana ao gourmet do Corte Inglês comprar bolachas de quindim."

E as minhas respostas ao questionário são:
1 - Pseudo-Peruana
2 - Formação da palavra AMIZADE em puzzle humano com a ajuda do público
3 - Achei bem
4 - À toa
5 - Nemo On Ice
6 - Nenhuma
7 - A do meio
8 - Todos
9 - A porta está fechada
10 - Poucas para as vezes que me apeteceu
11 - Salsa Latina
12 - Sim

E agora, uma conclusão: quem viu, viu. quem não viu, não viu.

a luz

Depois de um dia com os franceses engravatados. Depois de uma reunião para falar de aumentos. Depois de me esquecer dos empréstimos. Depois de tudo e mais alguma coisa, saio à rua, respiro o ar quente no Chiado e vou a ouvir esta música em repeat até casa:


uma é loira, outra é morena


silêncio




Antiguidade urbana. Paixão do fundo. Grades semanais. Quiosque real. Príncipe da ópera. Rainha no banco. Agasalhos escuros. Anoitece. O vento levanta-se. Eu continuo sentado. À espera. Aqui. Silêncio.

(a solidão, ao contrário da culpa, nunca morre solteira)

Au Fond du Temple Saint


"Au fond du temple saint
Paré de fleurs et d'or,
Une femme apparaît!
Je crois la voir encore!
Une femme apparaît!
Je crois la voir encore!

La foule prosternée
La regarde, etonnée,
Et murmure tous bas:
Voyez, c'est la déesse!
Qui dans l'ombre se dresse
Et vers nous tend les bras!

Son voile se soulève!
Ô vision! ô rêve!
La foule est à genoux!

Oui, c'est elle!
C'est la déesse
plus charmante et plus belle!
Oui, c'est elle!
C'est la déesse
qui descend parmi nous!
Son voile se soulève et la foule est à genoux!

Mais à travers la foule
Elle s'ouvre un passage!
Son long voile déjà
Nous cache son visage!
Mon regard, hélas!
La cherche en vain!

Elle fuit!
Elle fuit!

Oui, c'est elle! C'est la déesse!
En ce jour qui vient nous unir,
Et fidèle à ma promesse,
Comme un frère je veux te chérir!
C'est elle, c'est la déesse
Qui vient en ce jour nous unir!
Oui, partageons le même sort,
Soyons unis jusqu'à la mort!"

da ópera "Les Pêcheurs de Perles" de Georges Bizet


David Byrne & Rufus Wainwright:

março, marçagão




"It was one of those March days when the sun shines hot and the wind blows cold: when it is summer in the light and winter in the shade..."
Charles Dickens

Porreiro, pá(i)


meio caminho

Regresso a casa, ao fim da tarde.
O sol desce o céu lentamente, à minha frente.
O vento entra por todas as janelas abertas, do eléctrico de madeira. Que abana por todos os lados. Que voa pelos carris.
Tenho em mim aquela sensação de cansaço dum dia comprido e do dever cumprido.
Se adormecer aqui, não passo da Ajuda.

flora futura

Passo a passo, pelo compasso.
O trombone com o trompete.
O piano aqui nasceu.
As cordas do violino enroladas. Na guitarra.
O contrabaixo marcha ao lado do bombo.
Sem destino. Clandestino.
Não faz sentido. Faz música.
Faz o que quiseres.
E leva-te. Eleva-te.

sexta-feira 13




Sinto o fresco na nuca.
Levanta-se a primeira página do jornal de hoje. Com as notícias de ontem. E a previsão metereológica para amanhã. E os cinemas para mais logo.
Rockets numa penthouse de Manhattan.
A manipulação de lucros.
O bebé fechado no carro.
As taxas a zero.
Oito meses de alegria?
Rir noutra língua. Em todas as línguas.
Luzes amarelas em candeeiros verdes e luzes brancas nos pequenos.
E a lua. Que o sol já se foi. Daqui. Por hoje.
Doce brisa primaveril no final invernal. E semanal.

da Alma (XXII)




O Futuro? Não... o Presente!
Da Yamaha, pois claro.

da Alma (XX)




Faleceu, aos 76 anos, o grande Orlando 'Cachaito' Lopez. Numa família com 30 contrabaixistas, ele destacou-se por participar no documentário que deu visibilidade mundial à musica cubana, dirigido por Wim Wenders e com uma preciosa ajuda de Ry Cooder, chamado "Buena Vista Social Club". Por essa altura, e por ocasião da minha deslocação com os Philharmonic Weed ao Panamá, ouvi uma frase que nunca me saiu da cabeça, dita por um músico local: "'Cachaito' é o Mingus de Cuba!". Por ter tocado na National Symphony cubana ao mesmo tempo que encantava nas charangas locais. Um músico de todas as músicas. Como disse o amigo Amadito Valdes: "He was a person who was always sharing with everyone around him, very noble."
Gracias por tu musica Cachaito!

da Alma (XIX)




Richard Strauss "Morgen"
Anna Netrebko (soprano) e Joshua Bell (violino)

disco perdido #1



"Money Jungle" Duke Ellington, Charlie Mingus, Max Roach

Este disco é o resultado do único encontro em estúdio destes três génios. Cada um deles foi, sem dúvida alguma, revolucionário na abordagem ao seu instrumento. Como podemos pensar no piano em Jazz sem nos lembrarmos de Duke Ellington? Ou como escrever a História do contrabaixo no Jazz sem a revolução despoletada por cada nova gravação de Charlie Mingus? E o que seria de tantos modernos bateristas de Jazz sem a precisão percussiva de Max Roach? Mas este disco não vale só pelas interpretações individuais porque sente-se o esforço de todos para nos fazer acreditar que este é um trio muito rodado e já solidificado... E os temas? Temos aqui quatro estreias ellingtonianas: "Money Jungle", "Fleurette Africaine", "Very Special" e "Wig Wise". Por outro lado, ouvimos novas roupagens para três standards: "Warm Valley", "Caravan" e "Solitude". Em termos de som, existe uma edição (em CD Blue Note 2002) remasterizada em 24-bit e com alguns takes alternativos que faz justiça à gravação original.

Como diz Duke Ellington na falsa partida de "Backward Country Boy Blues", em que a introdução de Charlie Mingus é interrompida pelo produtor Alan Douglas, "Ah, that was so good... that was sweet..."

da Alma (XVI)




Obrigado João Aguardela pelo teu Megafone. Por nunca teres desistido da tua ideia de Música Moderna Portuguesa sem copiar o que vem "lá de fora". Um adeus cheio de respeito e ainda maior admiração. Com saudades.

da Alma (XV)




O grupo ImprovEverywhere, de New York, contribuiu, desta maneira, para o projecto "In An Absolut World". Mais sobre esta iniciativa com resultados bastante interessantes, aqui.

da Alma (XIV)



Bars & Tones from André F. Chocron on Vimeo.

da Alma (XIII)



"24 Postcards In Full Colour" de Max Richter

Max Richter é um compositor que nasceu na Alemanha e estudou piano em Edimburgo e em Florença com Luciano Berio. Há muitos anos a residir no Reino Unido, começou por fundar um ensemble de música contemporânea, no qual interpretou obras de Part e Reich entre outros, e acabou por colaborar com ilustres figuras da música electrónica da cena de Londres, como Future Sound Of London e Roni Size. Da experiência adquirida nestes dois mundos resultaram quatro álbuns a solo, desde 2002. Tem, também, composições suas no recente filme de animação "Waltz With Bashir", em exibição em algumas salas de cinema desde o princípio do ano. O seu trabalho mais recente é, porém, uma obra chamada "24 Postcards In Full Colour". São 24 pequenas peças, ou "postais", compostas para piano, electrónica e cordas. Estas faixas foram escritas com o objectivo de serem utilizadas como ringtones para o telemóvel. Podem ouvi-las, e ao mesmo tempo ver os postais, aqui.
Para finalizar, Max Richter em discurso directo:
"I guess I make the music I would make if I had the background that I have. So, someone who has studied piano and composition, has a couple of music degrees, was young when electronica was starting to happen, witnessed the aftermath of punk and who listened to a lot of stuff and read a lot of novels...It all feeds in to what I do - a kind of hybrid- written down- classical - electronic- experimental music. A few people have called it post-classical, which is as good a name as any..."

da Alma (XI)


Neste domingo de Inverno frio, mas sem chuva, a oportunidade perfeita para redescobrir a vida e obra dessa grande pintora portuguesa Vieira da Silva. Em exposição no Museu Berardo, no CCB, uma bela retrospectiva duma artista que merece maior reconhecimento, tal a qualidade e criatividade dos seus trabalhos. Não liguem ao senhor que anda lá pelos corredores a falar de hiper-realismo. Merecia todo um sketch de "Os Contemporâneos".