da Alma (III)

Talking Heads - "(Nothing But) Flowers"

A propósito do Earth Day, 22 de Abril, lembrei-me dos Talking Heads por duas razões. Por esta música (Nothing But Flowers) e por um artigo de David Byrne (o vocalista e líder da banda) em relação ao tema "world music" publicado pelo New York Times do dia 3 de Outubro de 1999. Em relação à música, vejam o vídeo e atentem na letra, está lá tudo explicado. Em relação ao polémico artigo podem consultá-lo na íntegra aqui. Antes de mais, uma breve apresentação do Senhor Byrne: nasceu na Escócia em 1952, mudou-se com os pais para Ontario, Canadá e depois para Maryland, E.U.A. ainda jovem. Aos 20 anos, frequentou a Escola de Design de Rhode Island onde conheceu os outros Talking Heads. Já inserido na cena arty de New York, gravou com Brian Eno (o fantástico "My Life In The Bush Of Ghosts"), musicou um bailado de Twyla Tharp ("The Caterine Wheel"), colaborou com Ryuichi Sakamoto na banda sonora do filme "The Last Emperor" de Bernardo Bertolucci, expôs também por várias galerias as suas instalações. Um artista completo portanto, tendo sido premiado ao longo da sua carreira com importantes prémios tais como Grammy, Oscar e Golden Globe. Fundou a importante editora musical Luaka Bop, que desde meados dos anos 80 se prestou a lançar de um modo independente mas com distribuição "major" vários músicos das mais variadas coordenadas do mundo, entre eles King Changó, Tom Zé, Susana Baca, Os Mutantes, Zap Mama, Cornershop, Jim White, Waldemar Bastos, Paulo Bragança. Criou assim um importante e muito interessante catálogo de "world music", certo? Nada mais errado!



Para perceber esta declaração, recomendo que leiam o artigo! É soberbo e eu subscrevo-o por inteiro!
David Byrne vive actualmente em New York.

David Byrne - "Glass, Concrete & Stone"

da Alma (II)




No passado dia 19 de Abril celebrou-se efusivamente nos E.U.A. o "Record Store Day" com várias iniciativas nas lojas de música independentes e também em vários sítios online. Foi criada uma página oficial do evento (http://www.recordstoreday.com) onde se pode ler, entre muitas informações úteis sobre este dia, alguns depoimentos de famosos do mundo da música.
Fiquei, por exemplo, a saber que o Mike Patton (vocalista dos Mr Bungle, Fantomas, Faith No More, Tomahawk, etc.) antes de ser músico famoso era conhecido por trabalhar dentro dum balcão a vender discos (imagino as recomendações e sugestões dele ehehe). Mas, por entre muitos depoimentos sobre as "record stores", quero aqui destacar um feito por um escritor que nunca se coibiu de demonstrar o seu amor pela música. Chama-se Nick Hornby e é conhecido por, além de tal como eu ser fã do Arsenal, ter escrito "High Fidelity" / "Alta Fidelidade". Um livro que para mim sempre foi uma inspiração e uma lição de vida, não tanto em termos profissionais mas mais em termos de relacionamento com os outros. Nick Hornby foi também, durante uns tempos, crítico musical no conceituado "The New Yorker". Aqui vai então o depoimento dele:
"Yes, yes, I know. It's easier to download music, and probably cheaper. But what's playing on your favourite download store when you walk into it? Nothing, that's what. Who are you going to meet in there? Nobody. Where are the notice boards offering flatshares and vacant slots in bands destined for superstardom? Who's going to tell you to stop listening to that and start listening to this? Go ahead and save yourself a couple of quid. The saving will cost you a career, a set of cool friends, musical taste and, eventually, your soul. Record stores can't save your life. But they can give you a better one."

da Alma (I)

Caros amigos, sejam bemvindos!
Este é o "prelúdios e fugas", um blogue de todos e para todos. Sobre música. Toda a música. Todas as músicas. E cinema também. E fotografia. E tudo. Ou quase!
Vão poder ler aqui opiniões diversas de várias pessoas com gostos muito diferentes. Vão encontrar aqui "prelúdios" que funcionarão como ponte entre aquele artista por nós adorado e aquele artista por vós descoberto, o que não implica que o tenham de adorar também... Para isso vamos aqui escrever com amor à arte e com toda a imparcialidade que isso representa quando se trata de falar daquele nosso querido génio. Da mesma maneira vamos criticar aquilo que não gostamos. Este é um espaço livre e com a mente aberta.
Vão ficar a conhecer as "fugas" dos nossos enviados especias a Barcelona, Madrid e Londres.
Qualquer crítica, divagação, pergunta será muito bem recebida e respondida. Podem enviar também sugestões, correcções e alguns tostões.
Espero que se divirtam!
Obrigado =)