da Alma (VI)

Eu gosto da Amy Winehouse. Gosto das músicas que ela escreve e da maneira como as interpreta. Não quero, de maneira nenhuma, fazer o papel de "advogado do diabo" mas tenho lido e ouvido bastantes críticas péssimas em relação ao concerto dela no último Rock In Rio. Eu não fui vê-la e por isso, antes de formular uma opinião, decidi ver os vídeos todos que estão no youtube e que foram transmitidos em directo pela sic radical. E a minha opinião é muito simples: tomara milhões de cantoras por esse mundo fora terem um por cento da voz da Amy, e da sua genuína e sincera interpretação e até da sua honesta demonstração de sentimentos ("Love Is A Losing Game"), mesmo quando ela está rouca e com álcool e/ou drogas a mais em cima. Se me apresentarem uma compositora e intérprete ao nível desta Amy que apareceu no Rock In Rio, eu próprio peço um empréstimo ao banco para lhe gravar um disco. Espero que alguém tenha a decência de a enfiar num estúdio e gravar aquela voz rouca. Antes de ser internada outra vez.



Amy Winehouse - "Tears Dry On Their Own" (ao vivo no Rock In Rio 2008)

da Alma (V)

Oops... He did it again!
Eu sei que já abusei do tempo de antena sobre o David Byrne mas ele gosta de me surpreender. Agora meteu um orgão no meio dum armazém em New York, ligou as teclas a certas partes do edifício e... voilá!
Vale a pena ver o vídeo em que ele explica tudo:


Please press play.

da Alma (IV)

De luto.
No passado dia 14, juntou-se mais um nome à Grande Orquestra do Além. O pianista de jazz Esbjorn Svensson (famoso pelo seu trio E.S.T.) vai, com 44 anos de idade, poder tocar com Miles, Coltrane, Mingus e muitos outros.
Este pianista sueco, juntamente com Dan Berglund no contrabaixo e Magnus Ostrom na bateria, foi construíndo uma carreira com base no desafiar constante das fronteiras do Jazz. Conquistou o respeito da crítica e a admiração do público com a fusão de standards com ritmos pop/rock e alguns apontamentos electrónicos. Com 13 àlbuns editados em 15 anos de carreira, este trio foi abrindo muitas portas do Jazz ao público Pop/Rock e também abriu as janelas do Pop/Rock aos músicos de Jazz. Bastou deixar entrar uma brisa do universo Pop/Rock para o Jazz ganhar outro ar, outra cor diferente do corrente free/improv mas igualmente contemporâneo. Por tudo isto mas principalmente pela obra gravada, e deixada como herança para todos nós, só me resta dizer: Obrigado Esbjorn!
(Agora vais ter o prazer de tocar o "'Round Midnight" ao lado do próprio Monk...)




Esbjorn Svensson Trio - "'Round Midnight" (Thelonious Monk)